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Heracles

Publicado em Sexta-feira,

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O nascimento de Héracles

Filho de Zeus e da mortal Alcmena, Héracles já enfrentou o ódio de Hera desde o nascimento. A deusa enviou serpentes para matá-lo no berço, mas o bebê as estrangulou com força sobrenatural, mostrando que estava destinado a grandes feitos.

Héracles na infância: demonstração de força

Ainda criança, Héracles revelou sua força descomunal. Ao matar as serpentes enviadas por Hera, ele provou que era diferente dos demais mortais, deixando claro que sua vida seria marcada por poder e conflitos divinos.

O primeiro casamento com Mégara

Héracles casou-se com Mégara, filha do rei Creonte, e teve filhos. Porém, essa fase feliz foi destruída quando, sob um ataque de loucura enviado por Hera, ele matou a esposa e os filhos, um dos momentos mais trágicos de sua vida.

A busca por expiação: os Doze Trabalhos

Para purificar-se do crime horrendo, Héracles aceitou realizar doze trabalhos quase impossíveis para o rei Euristeu. Essa série de desafios estabeleceu sua fama como o maior herói da mitologia grega.

O primeiro trabalho: o Leão de Nemeia

Héracles teve que matar um leão invulnerável que aterrorizava a região de Nemeia. Ele estrangulou a fera com as próprias mãos e usou sua pele como armadura, símbolo de invencibilidade.

O segundo trabalho: a Hidra de Lerna

Héracles enfrentou a Hidra, um monstro com várias cabeças que se regeneravam. Com a ajuda de seu sobrinho Iolau, ele cauterizou os pescoços após cada corte, impedindo a regeneração. Enterrou a cabeça imortal da criatura e usou seu veneno em flechas mortais.

O terceiro trabalho: o Javali de Erimanto

Héracles capturou vivo um javali gigante que devastava a região do monte Erimanto. Conduziu o animal até a cidade de Micenas, assustando o rei Euristeu, que se escondeu em um vaso. Esse trabalho mostrou a inteligência e o controle do herói sobre a força bruta.

O quarto trabalho: a Corça de Cerineia

Héracles teve que capturar viva uma corça sagrada de Ártemis, com chifres dourados e pés de bronze. Após persegui-la por um ano, conseguiu capturá-la sem feri-la. Teve que explicar seu ato à deusa, que permitiu que ele a levasse temporariamente a Euristeu.

O quinto trabalho: os Estábulos de Áugias

Héracles foi encarregado de limpar em um único dia os estábulos do rei Áugias, que acumulavam esterco há décadas. Desviando o curso de dois rios, limpou tudo em horas. Áugias negou o pagamento prometido, e mais tarde Héracles o derrotaria em guerra.

O sexto trabalho: as Aves do Estínfalo

Héracles enfrentou aves com penas metálicas que matavam homens e devastavam plantações. Com a ajuda de castanholas de bronze dadas por Atena, espantou as aves para o céu e as abateu com suas flechas envenenadas.

O sétimo trabalho: o Touro de Creta

Héracles foi até Creta capturar um touro furioso enviado por Poseidon. O animal havia enlouquecido após ser rejeitado por Minos como oferenda. Héracles o domou com suas mãos e o levou até Micenas, onde o rei Euristeu o dedicou a Hera.

O oitavo trabalho: as Éguas de Diomedes

Diomedes, rei da Trácia, possuía éguas que se alimentavam de carne humana. Héracles as capturou e, para domá-las, ofereceu o próprio Diomedes como alimento. As éguas se acalmaram, e ele as levou a Euristeu. Em algumas versões, fundou a cidade de Abdera após a aventura.

O nono trabalho: o cinturão de Hipólita

Euristeu pediu o cinturão da rainha das amazonas, Hipólita, para presentear sua filha. Hipólita inicialmente concordou, mas Hera, disfarçada, incitou as amazonas contra Héracles, que teve que lutar e matar a rainha para conseguir o cinturão.

O décimo trabalho: os bois de Gérion

Héracles viajou até o extremo oeste, onde enfrentou Gérion, um gigante de três corpos. Matou o gigante, seu cão de duas cabeças e o pastor, levando o rebanho até Micenas. No caminho, ergueu as Colunas de Hércules como marco de sua passagem pelo estreito de Gibraltar.

O décimo primeiro trabalho: as maçãs das Hespérides

Héracles teve que obter maçãs douradas do jardim das Hespérides, guardado por um dragão. Após consultar Nereu e libertar Prometeu, convenceu Atlas a colher as frutas. Enquanto Atlas hesitava em reassumir o peso do céu, Héracles o enganou e voltou com as maçãs.

O décimo segundo trabalho: o Cão Cérbero

O último trabalho exigiu que Héracles fosse ao submundo e trouxesse o cão de três cabeças que guardava os portões do Hades. Com permissão de Hades, desde que não usasse armas, ele domou Cérbero com força bruta e o levou até Euristeu, completando sua penitência.

A guerra contra Troia de Laomedonte

Héracles ajudou a construir os muros de Troia, mas o rei Laomedonte se recusou a pagar. Anos depois, Héracles retornou com um exército, matou o rei e entregou a princesa Hesíone a Telamon. Essa vingança foi uma das campanhas militares mais sangrentas de sua vida.

A luta contra os centauros e a morte de Quíron

Ao visitar o centauro Folo, Héracles abriu uma ânfora de vinho sagrado, atraindo outros centauros enfurecidos. Durante a luta, acidentalmente feriu Quíron, imortal e sábio, que só encontrou alívio ao ceder sua imortalidade a Prometeu. A tragédia deixou Héracles abalado.

A libertação de Prometeu

Héracles encontrou Prometeu acorrentado a um rochedo, onde uma águia o devorava diariamente. Matou a águia com uma flecha e libertou o titã. Em agradecimento, Prometeu revelou segredos sobre o futuro de Héracles, incluindo profecias relacionadas à sua morte.

A morte de Anteu na Líbia

Durante uma de suas jornadas, Héracles enfrentou Anteu, filho de Gaia, que era invencível enquanto tocava o chão. Percebendo isso, o herói o ergueu no ar e o esmagou. Essa luta marcou sua passagem pela África, onde ergueu os pilares que levam seu nome.

A conquista de Óquilo e a guerra com Écalia

Héracles se apaixonou por Íole, princesa de Écalia, mas foi rejeitado por seu pai, Éurito. Após os Doze Trabalhos, ele voltou e destruiu a cidade, matou Éurito e levou Íole como prisioneira, provocando os ciúmes fatais de sua esposa, Dejanira.

A participação entre os Argonautas

Em algumas versões, Héracles integrou brevemente a tripulação dos Argonautas em busca do Velocino de Ouro. No entanto, ele abandonou a missão ao perder seu amante Hilas, raptado por ninfas. A perda foi tão profunda que ele permaneceu para procurá-lo em vão.

A fundação dos Jogos Olímpicos

Após limpar os estábulos de Áugias e vencê-lo em batalha, Héracles instituiu os Jogos Olímpicos em homenagem a Zeus. Essa tradição marcaria seu legado eterno entre os gregos, unindo culto religioso e excelência atlética.

A luta contra o deus-rio Aqueloo

Para casar-se com Dejanira, Héracles enfrentou o deus-rio Aqueloo, que podia mudar de forma. Aqueloo transformou-se em serpente e depois em touro, mas Héracles quebrou um de seus chifres e venceu. O chifre se tornou a Cornucópia, símbolo de abundância.

As filhas de Tespio

Durante sua estadia com o rei Tespio, Héracles dormiu com as 50 filhas do rei em 50 noites — ou, segundo algumas versões, todas numa só noite. Tespio desejava descendentes heróicos, e Héracles gerou vários filhos, os tespiadas, fundadores de cidades e linhagens.

A luta contra Téleboas e Taphians

Héracles auxiliou o rei Creonte em uma guerra contra os piratas Téleboas e Taphians. Junto de seus aliados, destruiu essas tribos que saqueavam as cidades da Grécia, reforçando sua fama como protetor da ordem e da civilização.

A luta contra Cicno, filho de Ares

Na Trácia, Héracles enfrentou Cicno, um guerreiro que desafiava viajantes a duelos e sacrificava-os a Ares. Héracles o matou em combate, e o próprio deus Ares desceu para vingar o filho. Héracles o enfrentou e o feriu, obrigando o deus da guerra a recuar.

A luta contra Ares

Durante o duelo com Cicno, Ares interferiu pessoalmente. Héracles, usando sua força e habilidade, enfrentou o deus e conseguiu feri-lo com uma flecha envenenada pela Hidra. Ares teve que recuar, humilhado. Poucos mortais ousaram, e menos ainda feriram um deus.

A luta contra a Morte para salvar Alceste

Admeto, rei de Feras, foi salvo pela esposa, Alceste, que se ofereceu para morrer em seu lugar. Héracles, hóspede na casa, desceu ao Hades e lutou contra Tânato, o deus da morte. Venceu e trouxe Alceste de volta à vida, um feito quase único.

O assassinato de Ífito e a segunda servidão

Após matar Ífito num acesso de loucura, Héracles buscou purificação. O oráculo o condenou a um novo período de servidão. Ele foi vendido como escravo à rainha Ônfale da Lídia, com quem viveu por anos, trocando papéis e roupas com ela, segundo os mitos.

A escravidão sob Ônfale

Na Lídia, Héracles foi escravizado pela rainha Ônfale. Durante esse tempo, realizou feitos heróicos locais e aceitou papéis femininos por ordens da rainha. Apesar da humilhação, continuou realizando grandes façanhas, incluindo a punição de ladrões e monstros.

A derrota dos Cercopes

Enquanto servia a Ônfale, Héracles capturou dois irmãos travessos, os Cercopes, que o enganavam e roubavam viajantes. Amarrando-os de cabeça para baixo num bastão, ficou tão divertido com as piadas que os perdoou. Essa história mostra o lado mais cômico e humano do herói.

O cerco e destruição de Écalia

Héracles voltou a Écalia para conquistar Íole, princesa que amava. Após matar seu pai, Éurito, e destruir a cidade, levou Íole como prisioneira. Isso despertou o ciúme de sua esposa, Dejanira, que temia perdê-lo para sempre e buscou reconquistá-lo de forma fatal.

O sangue envenenado de Nesso

Anos antes, Héracles matara o centauro Nesso, que tentou raptar Dejanira. Antes de morrer, Nesso disse que seu sangue garantiria a fidelidade de Héracles. Dejanira, acreditando nisso, embebeu uma túnica no sangue envenenado e a enviou ao marido, selando seu destino trágico.

A dor e a decisão de Héracles

Ao vestir a túnica enviada por Dejanira, Héracles sentiu dores insuportáveis. O veneno da Hidra, no sangue de Nesso, queimava sua carne. Em desespero, tentou arrancá-la, mas ela se fundira à sua pele. Nenhum remédio ou magia poderia salvá-lo da morte lenta.

A pira no monte Eta

Héracles subiu ao monte Eta, construiu uma pira funerária e pediu que alguém a acendesse. O pastor Filoctetes aceitou e, em agradecimento, recebeu o arco e as flechas envenenadas do herói. Com isso, Héracles entregou-se às chamas e encerrou sua jornada mortal.

A ascensão ao Olimpo

Ao morrer, Héracles foi levado por Atena até o Olimpo. Os deuses o receberam como imortal, e ele foi reconciliado até com Hera, sua antiga inimiga. Ganhou a mão de Hebe, deusa da juventude, tornando-se um dos poucos mortais a se tornar um deus.

O culto a Héracles e seu legado

Héracles passou a ser cultuado como deus da força, dos heróis e da superação. Santuários foram erguidos por toda a Grécia, e seu exemplo inspirou reis, atletas e guerreiros. Seu nome se tornou símbolo de resistência, coragem e triunfo sobre o impossível.